domingo, 26 de janeiro de 2014

DEVANEIOS -DE O QUE É, O QUE É DAS PALAVRAS- 032

Edélvio Coêlho Lindoso

Segunda-feira, 15 de julho de 2013

"O QUE É, O QUE É", DAS PALAVRAS

    A Ambição é uma qualidade imprescindível para o ser humano se desenvolver, sem pecado;  Sem ambição a criatura vira um saco de batatas.  O perigo está na ultrapassagem de seu limite, quando aquele detonador de bem estar passa a ser ganância, que quer dizer ganhar e ganhar sempre, sem limites.  Eis ai a cara e o tamanho do pecado; a falta de escrúpulos, doentia, que adoece e mata o seu irmão.  


    Vimos o que á AMBIÇÃO versus GANÂNCIA, agora vamos examinar o que é FÉ versus  SUPERSTIÇÃO.  A fé é sempre entendida na seara religiosa, mas na verdade, ela se deita também nas expectativas da vida e pela vida inteira.  A fé tem sua raiz na racionalidade e  não consente se extrapolar  para contemplação visionária.  Se se  tem fé convicta de chegar a um alvo, se produz o roteiro da tarefa, racionalmente, se segue as sequências para conseguir as consequências.  Não tem atalhos nem contemplações cavilosas que substituam as trilhas físicas preconizadas.  Além dos edges tradicionais está a superstição, animal ardiloso, doentio como um cachorro doido, cego e de uma força descomunal.  Vade retro satanás.  Os abusadores da fé dos ingênuos e ignorantes estão alertas, atentos e uivantes como lobos famintos;  já deviam de há muito serem capturados pela lei positiva e engradados, pelo mal que causam à sociedade, principalmente a gente humilde.  Essa invenção moderna, que começou em setenta, no advento da IURD, e hoje seguida pelas vertentes evangélicas pentecostais, numa metástase incontida, estribadas na teologia da prosperidade, que grande isca para pescar dólares, consagrou-se pela habilidade em convencer pessoas a negociar com deus(?).  Quem já não viu letreiros de pequenos negócios com "foi Deus que me deu"?. e adiante ainda tinha o logo de uma pomba?.  Isso foi seguido por uma avalanche de fé (superstição), e agora tem passeatas, trio elétrico, faixas verticais em alguns templos com “Aqui faz-se milagres".  O dinheiro está na fase do "passa o rodo".  Tanto patrimônio compra TVs, embarcações, aviões, rádios, imóveis para templos de seis mil pessoas, e sobra para seus líderes terem haras onde se negociam  semens  de cavalos campeões e uma parafernália de cultos ao capitalismo selvagem.  Acorda, você que está dormindo, sai da sedação.  E você, Governo, não enxerga esse rio caudaloso de capital sem rosto que aliviaria a situação da classe dos Zé-pinóias?.  Esses abufelados que vendem cura não serão por acaso, prováveis clientes dos 2.5 X 3?. Nós não precisamos de mais policiais nas ruas, precisamos de menos bandidos e charlatões nas ruas. É o Tempo.

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